Poetry Revisited: As estrelas – The Stars by João da Cruz e Sousa

As estrelas (de Faróis: 1900) Lá, nas celestes regiões distantes, No fundo melancólico da Esfera, Nos caminhos da eterna Primavera Do amor, eis as estrelas palpitantes. Quantos mistérios andarão errantes, Quantas almas em busca da Quimera, Lá, das estrelas nessa paz austera Soluçarão, nos altos céus radiantes. Finas flores de pérolas e prata, Das estrelas serenas se desata Toda a caudal das ilusões insanas. Quem sabe, pelos tempos esquecidos, Se as estrelas não são os ais perdidos Das primitivas legiões humanas?! João da Cruz e Sousa (1861-1898) poeta brasileiro

The Stars (from Lighthouses: 1900) There, in the distant heavenly regions, In the melancholy ground of the sphere, In the paths of eternal spring Of love, there are the pounding stars. How many mysteries will go wandering, How many souls in quest of the chimera, There, from the stars in this austere peace They will sigh in the radiant high skies. Delicate flowers of pearls and silver, From the peaceful stars breaks All the flow of crazy illusions. Who knows, for the forgotten times, If the stars are not the lost ohs Of the primitive human legions?! João da Cruz e Sousa (1861-1898) Brazilian poet Translation: Edith LaGraziana 2018